As inundações na Nigéria estão lançando uma sombra sobre a indústria global de cacau, com previsões sombrias para a safra de cacau do país em 2024. Com a produção já afetada por problemas climáticos, as inundações iminentes representam um novo desafio, com repercussões potenciais para o suprimento global de chocolate.

Inundações na Nigéria Ameaçam Produção de Cacau

A Agência de Serviços Hidrológicos da Nigéria emitiu um alerta preocupante sobre as fortes inundações que ameaçam as principais áreas de plantio de cacau do país. Estados como Ondo, Cross River, Osun, Oyo, Ogun, Taraba e Delta, responsáveis por 94% da produção nacional de cacau, estão sob risco. O ministro da Água, Recursos e Saneamento, Joseph Utsev, alertou para a interrupção iminente da colheita de cacau nessas regiões, destacando a gravidade da situação.

Perspectivas de Produção em Declínio

A Associação do Cacau da Nigéria prevê uma queda significativa na produção de cacau do país para 2024. Anteriormente estimada entre 280.000 a 300.000 toneladas, a produção agora é esperada em 225.000 toneladas, devido aos problemas climáticos que afetaram as colheitas. Essa redução na produção representa um desafio adicional para um mercado já afetado por escassez e aumento nos preços.

Impacto Global da Escassez de Cacau

As inundações na Nigéria vêm se somar aos desafios enfrentados por outros grandes produtores de cacau, como Costa do Marfim e Gana, que também experimentaram colheitas fracas devido a condições climáticas adversas e doenças. Com a oferta global de cacau em risco, os preços futuros dispararam, refletindo a crescente preocupação sobre a disponibilidade do ingrediente-chave para a produção de chocolate.

À medida que as inundações na Nigéria ameaçam a produção de cacau e agravam a escassez global, a indústria do chocolate enfrenta um período de desafios sem precedentes. As repercussões desses eventos podem ser sentidas em todo o mundo, com potenciais aumentos nos preços do chocolate e uma maior pressão sobre os fabricantes e consumidores.

Fonte: mercadodocacau

*Com informações Bloomberg