Por: Claudemir Zafalon
Na quarta-feira, (20/11), o cacau foi pressionado devido à aproximação do período de liquidação física (22/11) no contrato de dezembro, no entanto, mesmo com muita volatilidade, o preço está consolidando e se mantendo perto da área de resistência de 8800.
Fatores externos, como condições climáticas desfavoráveis e incertezas regulatórias, têm amplificado as flutuações no mercado. A introdução de uma nova legislação europeia sobre desmatamento – que visa monitorar a origem dos produtos agrícolas para evitar o uso de áreas desmatadas – gerou dúvidas sobre prazos e aplicações práticas, adicionando mais incertezas aos agentes de mercado.
No lado da oferta, os números da Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, trazem perspectivas otimistas. Até o momento, o país exportou 548.494 toneladas na atual temporada, um aumento significativo em relação às 415.523 toneladas no mesmo período do ano passado. A safra é estimada entre 2,1 e 2,2 milhões de toneladas, reforçando a estabilidade do fornecimento global.
Por outro lado, os estoques certificados nos armazéns do ICE (Intercontinental Exchange) nos portos dos Estados Unidos continuam a cair, atingindo o nível mais baixo em 19 anos. Na última terça-feira, o volume armazenado era de apenas 1.620.242 sacas, indicando uma diminuição contínua na oferta disponível e potencialmente pressionando os preços no médio prazo.
Combinados, esses fatores criam um cenário de incerteza para o mercado de cacau, que deve continuar sensível tanto às condições climáticas quanto às mudanças nas regulamentações internacionais. Especialistas alertam que, enquanto a liquidação do contrato de dezembro pode trazer alguma pressão de curto prazo, a manutenção dos baixos estoques globais pode sustentar os preços em níveis elevados no futuro próximo.
Fonte: mercadodocacau
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Cadê o cacau?