O estado do Pará tem agora um representante no CocoaAction Brasil, uma iniciativa para estimular a produção e aumentar a exportação de cacau. O titular da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca do Pará (Sedap), João Carlos Ramos, participou na terça-feira, 5, no Ministério da Agricultura, em Brasília, da reunião que definiu os representantes brasileiros na iniciativa. Fernando Reis, engenheiro agrônomo da Sedap, acompanhou o secretário.
O CocoaAction, uma iniciativa pré-competitiva, multi-stakeholder (modelo de gestão que permite a participação de governos, setores da iniciativa privada ou da sociedade civil, incluindo setores técnicos e acadêmicos – em bases igualitárias), público-privada ampla e internacional no setor de cacau, que visa estimular a sustentabilidade na cadeia, foi iniciado em 2013 em dois dos principais países produtores da África, Gana e Costa do Marfim. Agora, chega ao Brasil, construindo uma iniciativa local, baseada nas necessidades nacionais e elaborada em conjunto com atores nacionais.
O segundo encontro do ano do Comitê Nacional da iniciativa CocoaAction Brasil teve a presença dos principais representantes do segmento, entre empresas privadas e associações. Na reunião desta terça, os participantes discutiram e validaram estratégias para alinhar o desenvolvimento da cadeia relacionada à produção de cacau.
O Pará foi assunto da pauta, já que é o protagonista na produção de cacau no Brasil. Para o presidente da Câmara Setorial Nacional do Cacau do Ministério da Agricultura, Guilherme Moura, a prioridade no momento para o estado do Pará é a assistência técnica. “É um desafio enorme levar o conhecimento para o produtor, na ponta, sobretudo, em um estado com as dimensões do Pará”, disse Moura.
“Eu tenho certeza que, se nós implementarmos uma política efetiva de assistência técnica, o Pará vai conseguir se desenvolver ainda mais”, concluiu o presidente da Câmara.
As reuniões do comitê serão realizadas de forma presencial duas vezes ao ano, preferencialmente em Brasília. Nelas, o comitê pretende discutir e validar estratégias que incentivem a produção de cacau. Um grupo técnico, com estrutura de governança, já foi formado, com representantes das empresas ligadas à CocoaAction Brasil (Barry Callebaut, Cargill, Dengo, Mars, Nestlé, Olam); das associações de produtores e exportadores; dos Serviços de Extensão dos Estados da Bahia (Bahiater), Espírito Santo (Incaper), Pará (Emater-PA), Mato Grosso (Empaer-MT) e Rondônia (Emater-RO); do Serviço Nacional de Aprendizagem (Senar); da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac); do Centro de Inovação do Cacau (CIC); da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e das certificadoras Rainforest Alliance/UTZ e Fairtrade.
Para o secretário de estado de Desenvolvimento Agropecuário do Pará, João Carlos Ramos, o cacau permite a verticalização da produção e agregação de valor. “Precisamos hoje verticalizar a produção, não adianta produzir apenas a amêndoa, temos que beneficiá-la, e temos portos, inclusive, portos de exportação”, disse o secretário.
João Carlos Ramos reafirmou o compromisso do Pará com a assistência ao agricultor. “A agricultura cacaueira, ela é diretamente ligada ao pequeno e médio agricultor no Pará. Então eu acho que se nós trabalharmos nesse caminho, fomentando, trazendo o associativismo e o cooperativismo nesse processo, acho que nós alavancamos nos próximos anos essa forma de produção no Estado do Pará”, concluiu o secretário.
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AO PESSOAL DA LINHA DE FRENTE DO COMBATE AO CORONAVIRUS
Srs(as)
Longe de querer intrometer-me numa área que nada conheço, mas acredito na importância disso. Falo das pessoas já comprovadas com o vírus: Vejamos, na comprovação da infecção pelo vírus, es