O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, avalia que a ascensão do Pará, um Estado de perfil extrativista, para uma economia industrializada em médio e longo prazos, ganha força e potencialidade com o conjunto de políticas públicas desenvolvidas dentro do Programa Pará 2030, que visa fortalecer um novo padrão de desenvolvimento e um ambiente mais apropriado para quem quer empreender no Pará.
“A gente registra muitas ações já neste primeiro ano. Acostuma-se com o imediatismo, de curto prazo. O Brasil, infelizmente, vive essa cultura. As ações do Pará 2030 são de médio e longo prazos, mas começaram a ser executadas há um ano, de fato. E é claro que elas terão maior repercussão daqui há três, quatro anos, quando teremos uma economia com maior dinamismo e crescimento, porém isso em especial só acontecerá pelo que se fizer agora, e é o que estamos implantando desde já”, frisou Adnan Demachki.
Verticalização
Em agosto deste ano, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), aprovou à unanimidade, a obrigação de verticalização como condicionante do licenciamento ambiental na implantação de grandes projetos no Estado. O primeiro caso foi da empresa Louis Dreyfus, que licenciou seu porto sob a obrigação de verticalizar parte da soja que transportar no território paraense.
O mesmo se replicou para o segmento mineral. “As empresas que buscam extração mineral no Estado devem verticalizar parte de sua produção no Pará. Temos obtido resultados. A licença da mineradora Belo Sun saiu com a obrigação dela montar uma refinaria”, informou o secretário.
“O Pará quer atrair empresas, mas não queremos mais ser apenas um Estado em que se extrai minérios e demais matérias-primas para exportar. O açaí, que é a cara do Pará, também está contemplado. Agora, já são dez empresas que obtiveram incentivos fiscais através de uma política industrial específica para o açaí, para ele ser beneficiado no Pará. Hoje, ele ainda é exportado em polpa, permitindo que outros Estados possam industrializá-lo e gerarem melhores empregos e salários com o açaí que sai daqui in natura”.
O mesmo vale para o cacau paraense, que vai poder virar chocolate. No início do ano deve ser inaugurada no Pará a primeira indústria de derivados do cacau, que vai oferecer os insumos para atração de indústrias de chocolate.
Fonte: Agência Pará