Foi encaminhado ontem ao plenário do Senado o projeto de lei que aumenta de 25 para 35% o percentual mínimo de cacau nos chocolates e derivados, apoiado pelos cacauicultores brasileiros. O PL 93/2015, apresentado há três anos pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), foi aprovado na segunda-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Em outros países, o valor varia de 32% a 35%.
Segundo Ricardo Gomes, diretor do Programa Bahia do Instituto Arapyau, o projeto terá grande contribuição para a economia brasileira, além de proporcionar desenvolvimento regional por meio da geração de emprego para as populações das áreas produtivas. Em nível social, as definições da proposta contribuirão para a saúde pública, visto que quanto mais cacau tem o chocolate mais nutritivo ele é.
— [O projeto proporcionará] todo o benefício revestido ao consumidor, gerando impacto na economia; trazendo o aspecto da saúde; propondo o desenvolvimento regional; e, por fim, podendo ajudar uma agenda do país com a questão do clima – explicou.
Apesar de ser favorável ao aumento do percentual, Cristiano Villela defendeu que é preciso ter cautela na implementação do projeto. Ele afirmou que toda a cadeia produtiva deve ser avaliada de forma holística com análises de impactos em cada área.