Planejamento da atividade rural é essencial

 

"A proposta do planejamento é a gente ter um olhar sistêmico sobre a propriedade rural. Hoje em dia, esse olhar sistêmico é a mudança de perspectiva, passando de um olhar localizado e isolado para um olhar sistêmico e integrado". Esse foi um dos comentários do pesquisador Deivison Santos, da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), durante o Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado nesta quarta, 15 de abril, na capital tocantinense. 

 

Ele foi um dos palestrantes de evento comemorativo na Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro). Deivison destacou a necessidade de planejamento das ações quando se vai trabalhar no meio rural. "Pra gente começar qualquer intervenção dentro de uma propriedade agrícola, qual é o primeiro passo? Toda intervenção necessita de um bom planejamento. E para um bom planejamento é preciso ter dados", explicou. 

O pesquisador ressaltou que o solo, considerado há muito tempo meio de produção, é a base de todo sistema produtivo. "Se a gente mata a ‘galinha de ovos de ouro’, a gente não vai ter produção. Temos que conhecer, aplicar esse conhecimento em solos e em sua conservação", defendeu. 

 

Ele comentou também sobre aspectos químicos, físicos e biológicos no estudo dos solos: "se a gente conseguisse que todo produtor tivesse condições de fazer uma análise química e depois, melhor ainda, utilizasse a recomendação de adubação no Tocantins, seria um grande avanço". Segundo Deivison, geralmente é pela análise química que se começa a conhecer o solo. 

 

Sobre as chamadas práticas de conservação do solo, o pesquisador explicou que objetivam "fazer com que o solo se torne um reservatório de água e um sumidouro de carbono, que é matéria orgânica. A gente tem que fazer com que o solo acumule matéria orgânica, que faz com que haja reciclagem de nutrientes, dentre outros benefícios". 

Agricultura conservacionista – Também foram abordados preceitos da agricultura conservacionista. Um deles é a necessidade de se respeitar a aptidão agrícola dos solos, ou seja, é preciso que o produtor tenha a consciência de que deve plantar apenas culturas agrícolas indicadas para os tipos de solo de sua propriedade. Mesmo parecendo uma dica simples, nem sempre ela é respeitada. 

 

Questões como o uso exato de insumos agrícolas, sem desperdícios ou faltas, e o controle sobre os tráfegos mecânico, animal e humano no solo estão ligadas à agricultura de precisão, que também colabora para o conservacionismo na atividade rural. 

 

Outro ponto que leva a uma agricultura mais conservacionista é o manejo de pragas, de doenças e de plantas daninhas nas lavouras. E, dentro da lógica do Sistema de Plantio Direto (SPD), cada vez mais adotado no Brasil, práticas como manter a palhada na superfície do solo, diversificar as culturas agrícolas plantadas e promover a cobertura permanente do solo são desejáveis e ajudam no conservacionismo rural. 

Fonte: Embrapa 

 

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