De acordo com a analise semanal da TH Consultoria, a faixa de variação dos preços do produtor na Bahia estreitou-se de R$155,00–165,00/arroba cotados na quarta-feira da semana passada fechando ontem (3/5) em R$160,00–166,00, equivalentes a US$2.996–3.109/t. Os preços em reais estabelecendo um novo recorde histórico.
Ainda segundo o analista, o impulso técnico altista gerado nas semanas anteriores, a queda da cotação do dólar, a firmeza dos mercados de commodities em geral e novas notícias altistas vindas da África Ocidental deram continuidade ao avanço dos preços do cacau na semana passada.
“Nem os relatórios pessimistas a respeito do consumo de chocolate, nem vendas substanciais das origens africanas conseguiram inibir a alta, que mostrou sinais de consolidação no início desta semana. Com a indústria consumidora tentando resistir à alta e limitando suas compras ao mínimo indispensável, o avanço é sustentado pelos operadores especulativos”, diz o analista.
A depender do método de classificação, sua posição comprada líquida em Nova Iorque aumentou em 18–20 mil contratos durante as duas semanas terminadas em 26/4 e voltou para os níveis altos de dezembro do ano passado, quando teve início a correção para baixo que derrubou os preços em $650 e ainda não conseguiu ser totalmente revertida.
Já o aumento da exposição comprada dos especuladores foi muito menor em Londres, limitada a 1.500 contratos, enquanto as cotações já recuperaram toda queda sofrida a partir do final do ano passado. “Comportamento igualmente discrepante se nota nas estruturas dos dois mercados, indicando que o sentimento em Nova Iorque começa a assumir uma tendência baixista, enquanto o quadro em Londres ainda parece manter uma visão de alta”, informa.
O analista diz que uma possível explicação desta divergência pode ser que os operadores em Londres enfocam principalmente a quebra das safras temporãs de Gana e da Costa do Marfim e a inadimplência nos contratos de exportação desta última, que ainda poderão aumentar em volume nas próximas semanas. Já os operadores em Nova Iorque parecem estar mais atentos à fraqueza de demanda, refletida nos relatórios trimestrais de dois dos maiores fabricantes mundiais de chocolate. Fonte: Mercado do Cacau com informações da TH