Os preços do cacau abriram em alta na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira (22/11), refletindo a preocupação crescente com as condições das safras na África Ocidental. Os contratos futuros para março registraram alta de 1,55%, alcançando US$ 8.769 por tonelada, e ainda nesta manhã, superaram a barreira técnica de US$ 8.800, que havia atuado como resistência no mercado, chegando a registrar 9.000 dólares.
A atenção do setor está voltada para os problemas climáticos e de qualidade enfrentados na produção do principal cinturão de cacau do mundo, com destaque para Costa do Marfim e Gana. O excesso de chuvas na região tem prejudicado o desenvolvimento dos brotos que sustentariam a safra intermediária, prevista para começar em abril. Esses fatores, somados à perspectiva negativa para a safra temporã, devem manter o mercado aquecido.
Outro fator que contribuiu para a movimentação de preços foi o alívio do efeito psicológico associado ao volume de entregas físicas nos contratos anteriores, que havia pressionado os preços nos últimos dias.
Ainda hoje mais tarde, a divulgação do relatório sobre a posição dos fundos de investimento deve trazer novos elementos ao cenário. A expectativa é de que os dados apontem um aumento significativo nas posições compradas, reforçando o otimismo no mercado de cacau.
Com a incerteza em torno da capacidade de recuperação das safras africanas, analistas acreditam que o mercado deve permanecer firme nas próximas semanas, enquanto investidores e traders acompanham de perto o desenrolar dos fatores climáticos e de produção.
Fonte: mercadodocacau