Produtores de cacau querem criação de polo capixaba de chocolate

Depois de ter passado por diversos altos e baixos na última década, a atividade de produção de cacau no Espírito Santo busca se reinventar. A proposta do setor é aumentar a qualidade do produto para, num futuro próximo, fugir dos atravessadores e ganhar o mercado externo. Atualmente, menos de 5% do cacau capixaba é processado no Estado, ou seja, as amêndoas saem daqui para virar pasta de chocolate em outros Estados, como a Bahia e São Paulo.

“O produtor sempre foi o elo fraco da cadeira. Sabe produzir bem, mas não sabe comercializar bem. Queremos mudar isso. A mudança ocorre melhorando a qualidade e abrindo caminho no exterior”, avalia o presidente da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), Maurício Buffon. No município do Norte do Estado, encontra-se um dos melhores cacaueiros da América Latina. Tanto que as fazendas São José e Ceará, localizadas às margens do Rio Doce, garantiram o segundo lugar no Salão do Chocolate em Paris, a maior vitrine gastronômica da linha gourmet.

No entanto, cerca de 40 municípios capixabas já estão produzindo cacau, sendo que Linhares, o maior produtor estadual, abriga sozinho 600 propriedades. No município, alguns agricultores já produzem o próprio chocolate, e tem buscado divulgar seus produtos em feiras nacionais e internacionais. “O cenário é promissor. Se o clima se normalizar, a gente muda a história do cacau aqui no Estado, atingindo um volume de até 8 mil toneladas por ano até 2020”, frisa Buffon.

Plano

Para fugir da dependência dos atravessadores e das multinacionais do chocolate, o setor traçou um plano que se divide em três etapas. O primeiro passo é oferecer capacitação aos produtores, alinhar os arranjos produtivos e criar uma identidade para o cacau capixaba.

Num segundo momento, a aposta será na verticalização da produção, que vai possibilitar que as amêndoas sejam transformadas em massa de chocolate sem precisar sair do Estado. “De R$ 10 o quilo, o preço vai passar para R$ 50 com esse processo. Aí vamos estimular os produtores a usar parte do cacau na produção de chocolate. Na medida que a propriedade ganha musculatura, monta-se a produção de chocolate”, explica Buffon.

Para facilitar o trabalho dos pequenos produtores, a Acal briga pela construção de uma unidade coletiva de processamento. O local vai servir para transformar as amêndoas em massa de cacau. Dados esses dois primeiros passos, a associação estima que em dez anos será possível criar um polo turístico de chocolate no Estado. “Já temos a Indicação Geográfica (um selo que certifica a origem do produto). É uma ‘Ferrari’ que a gente tem guardada, mas nunca usou”, completa Buffon.

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Num segundo momento, a aposta será na verticalização da produção, que vai possibilitar que as amêndoas sejam transformadas em massa de chocolate sem precisar sair do Estado. “De R$ 10 o quilo, o preço vai passar para R$ 50 com esse processo. Aí vamos estimular os produtores a usar parte do cacau na produção de chocolate. Na medida que a propriedade ganha musculatura, monta-se a produção de chocolate”, explica Buffon.

Para facilitar o trabalho dos pequenos produtores, a Acal briga pela construção de uma unidade coletiva de processamento. O local vai servir para transformar as amêndoas em massa de cacau. Dados esses dois primeiros passos, a associação estima que em dez anos será possível criar um polo turístico de chocolate no Estado. “Já temos a Indicação Geográfica (um selo que certifica a origem do produto). É uma ‘Ferrari’ que a gente tem guardada, mas nunca usou”, completa Buffon. Gazeta Online

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