São Tomé e Príncipe encaixou cerca de 192,2 mil milhões de dobras (8,3 milhões de dólares) em 2016 com a venda de cacau, que representou 93,5% de todas as exportações agrícolas do país, informou segunda-feira à Macauhub em São Tomé o Instituto Nacional de Estatística (INE) do arquipélago.
O INE informou ainda que em termos de valores nominais em dobras (moeda são-tomense) registou-se uma variação homóloga positiva de 8,8% devido à cotação cambial e à qualidade do cacau são-tomense no mercado estrangeiro.
Em termos de quantidade observou-se uma variação positiva de 7,4% com a exportação de cacau a subir de 2794 toneladas em 2015 para 3000 toneladas no ano passado.
Os restantes 6,5% na lista de produtos agrícolas exportados foram preenchidos, sobretudo, com coco, flores, café e pimenta.
Na lista das empresas exportadoras do cacau são-tomense em 2016 destacam-se a Sociedade Satocoa, a Cooperativa Cecab, a Agro-Comercial Agricon, Ubua Budo e Belavista.
Os principais países importadores dos produtos agrícolas de São Tomé e Príncipe são Portugal, Países Baixos, Bélgica e França, entre outros.
A economia de São Tomé e Príncipe, em que as ajudas externas cobrem mais de 50% das despesas públicas, baseia-se fundamentalmente na exportação de produtos agrícolas, sobretudo o cacau, que contribui com quase 27% para a estrutura do PIB do país.
Introduzido na segunda década do século XIX pelos colonos portugueses, a produção do cacau, que chegou a atingir 11 mil toneladas anuais (1963-73), tem estado a baixar nas últimas décadas por falta de terras cultiváveis, ausência de financiamento e inexistência de rigor no tratamento das plantações. (Macauhub)