Tarifas de Trump Elevam Tensões Comerciais e Abalam Mercados

Por: Claudemir Zafalon
A recente decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas amplas sobre importações de países aliados e rivais acirrou a guerra comercial global, elevando temores de inflação e recessão. A medida gerou reações imediatas nos mercados financeiros e agrícolas, afetando diretamente commodities essenciais e ampliando a volatilidade em diversas bolsas de valores.

Mercados em queda e commodities pressionadas

O impacto da decisão foi sentido rapidamente nas bolsas de valores ao redor do mundo, que encerraram o dia com quedas significativas. No setor de commodities, produtos como café, algodão, soja, milho e trigo registraram desvalorizações, refletindo a insegurança dos investidores diante da possibilidade de retaliações e novas restrições comerciais.

Por outro lado, o cacau demonstrou resiliência diante do cenário adverso. O produto seguiu em alta devido à escassez global, impulsionada por incertezas quanto à safra temporã na África. Ontem, o contrato de maio oscilou entre a mínima de US$ 8.326 e a máxima de US$ 9.035, fechando o dia cotado a US$ 8.968 por tonelada, um aumento expressivo de US$ 791. O volume de negociações foi intenso, com 13.491 contratos transacionados e um total acumulado de 45.564 contratos. O interesse em aberto cresceu em 3.402 posições, totalizando 112.585 contratos.

Efeito no câmbio e estabilidade nos estoques

O câmbio também refletiu a turbulência do mercado global. O contrato futuro do Real frente ao Dólar, com vencimento para 30 de abril de 2025, registrou queda e foi negociado a US$ 5,66, evidenciando a pressão cambial sobre mercados emergentes diante da incerteza comercial.

Enquanto isso, os estoques certificados nos portos dos EUA, monitorados pela ICE (Intercontinental Exchange), permaneceram estáveis em 1.852.486 sacas, indicando um equilíbrio na oferta da commodity.

Perspectivas e riscos futuros

Especialistas alertam que a intensificação da guerra comercial pode desencadear um efeito dominó em setores estratégicos da economia global. A imposição de tarifas mais rigorosas tende a elevar os custos de produção e pressionar os preços finais ao consumidor, contribuindo para uma espiral inflacionária. Além disso, o risco de retaliações por parte dos países afetados pode ampliar ainda mais a instabilidade econômica.

Diante desse cenário, investidores seguem atentos aos próximos desdobramentos da política comercial dos EUA e às possíveis respostas de parceiros comerciais como China e União Europeia. A volatilidade deve continuar a ser um fator determinante nos mercados nos próximos meses, com oscilações significativas em setores-chave da economia global.

Fonte: mercadodocacau

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