“Nenhum mercado se sustenta indefinidamente na alta ou na baixa”. Esta é a afirmação feita pelos técnicos da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Rosalina Ramos Midlej e Lindolfo Pereira dos Santos Filho, no artigo intitulado “Variação do Preço do Cacau”.
Tomando como referência os períodos de queda ocorridos entre maio de 1999 a agosto de 2001; junho de 2003 e fevereiro de 2007; e dezembro de 2011 a agosto de 2013, em que o tempo de recuperação variou entre 21 a 45 meses, os técnicos apontam três cenários prováveis para os preços do cacau a partir de abril de 2017.
O primeiro e, de acordo com a análise, menos provável, é de que os preços apresentem uma recuperação em curto prazo, abaixo de 21 meses. Já o segundo cenário prevê que os preços se mantenham por algum tempo, no máximo 45 meses, no atual patamar: US$ 2.027,00/tonelada. E o terceiro cenário aposta numa redução ainda maior dos preços do cacau.
Segundo os técnicos da Ceplac, independente do que ocorra, o pessimismo vai continuar tomando conta dos agricultores baianos, principalmente por causa dos custos com a produção. “É realmente preocupante a situação dos produtores de cacau, com relação às tomadas de decisões, já que qualquer cenário que ocorra continuará impactando negativamente nos rendimentos de sua atividade produtiva”, concluem.
Fonte: Mercado do Cacau