Maior produtor de cacau do Brasil, o Pará se une a outros estados para evitar a entrada da monilíase em suas plantações
A equipe da Adepará acompanhou as ações de campo, visitando as propriedades e verificando as atividades desenvolvidas para controlar a doença e evitar que chegue ao Pará, o maior produtor de cacau do País, e que tem conseguido proteger as lavouras de cacau e cupuaçu da praga.
De acordo com a diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, Lucionila Pimentel, as ações vêm conseguindo reduzir o foco da doença no Acre. “Nesta semana de acompanhamento das atividades constatamos a diminuição do nível do patógeno, sem presença de frutos contaminados. O foco parece estar sob controle. Estudos epidemiológicos devem continuar, uma vez que as plantas que passaram por podas drásticas estão com rebrotas bastante desenvolvidas, e a área entrará no primeiro período chuvoso após trabalho de supressão”, ressaltou.
Parceria – A Adepará tem sido parceira nas atividades de combate e supressão dos focos em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, por meio de projeto financiado pelo Funcacau (Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará), remetendo materiais para uso nas ações e na parceria com servidores enviados desde o início da detecção do foco, e participando da elaboração do projeto estadual de educação fitossanitária.
Além das ações em campo, a equipe da Adepará participou de reuniões com representantes de órgãos de defesa sanitária do Acre e Amazonas, e de tratativas com a Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Federal do Acre (Ifac) e Ministério Público, com o objetivo de ampliar as parcerias.
Disseminação – A monilíase é uma doença extremamente agressiva, que ataca os frutos do cacaueiro (Theobroma cacao), do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) e de outras plantas do gênero Theobroma em qualquer fase de desenvolvimento. Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é facilmente disseminada pelo vento e por materiais infectados, como plantas, roupas, sementes e embalagens. A praga ocasiona perdas na produção, que podem variar de 50 a 100%.
A presença da praga submete os produtos agrícolas a barreiras fitossanitárias impostas por parceiros comerciais, com redução das exportações e reflexos na economia nacional, daí a importância do trabalho da Adepará na orientação e capacitação dos produtores, para evitar a doença no Pará.
Texto: Rosa Cardoso – Ascom/Adepará