Um minicurso para capacitar no reconhecimento dos sintomas da doença moniliase do cacaueiro foi ministrado para alunos do curso de Agronomia da UESC durante a realização da VII SEAGRO – Semana de Agronomia, realizada nos dias 17 e 18 deste mês.
O minicurso abordou temas como reconhecimento de sintomas da monilíase, medidas de controle e educação sanitária sobre a doença e foi apresentado pelos técnicos Givaldo Niela e Antonio Zózimo, da Ceplac, e Catarina Matos e Clécio Santana, da Adab. Os técnicos informam que a monília é uma doença grave que afeta o cacaueiro, mas que não tem presença registrada nos cacauais brasileiros. Segundo eles, todas as ações e medidas que estão sendo realizadas pelo Ministério da Agricultura/Ceplac e governo do Estado da /Adab são ações preventivas dentro do Plano de Contingência da Monilíase do Cacaueiro que vem sendo executado deste o ano de 2007.
Trabalho com Monilíase – A Ceplac, que está integrada a este plano de contingência, designou dois técnicos do seu quadro para fazerem tese de doutorado em 1999 e 2005 sobre monilíase e uma tese de mestrado, orientada pela pesquisadora Karina Gramacho, sobre variabilidade do patógeno. Pesquisadores e extensionistas da instituição participam de missões internacionais e fazem intercâmbio com pesquisadores da Colômbia, Peru e Equador e realizam seminários técnicos na região.
Na busca de alternativas para enfrentamento do problema de uma possível introdução da monilíase no país, a Ceplac vem desenvolvendo um programa de melhoramento preventivo com identificação de fontes de resistência, associação de genes, avaliação de clones e progênies em condições epidêmicas da doença, mapeamento e avaliação da variabilidade genética de fitopatógeno usando conhecimento da epidemiologia molecular.
A Ceplac vem promovendo o intercâmbio de germoplasma, visando obter e desenvolver populações de cacaueiros geneticamente melhoradas, a partir de fontes de resistência introduzidas do Equador, Colômbia, Costa Rica e outros países da América.
Materiais recentes obtidos pela Ceplac através desses convênios estão sendo empregados no programa de melhoramento genético e serão avaliados em diferentes agrossistemas da região Sul da Bahia. A ideia é que numa provável introdução da monilíase já existam informações sobre o comportamento de clones resistentes em fazendas da região.
Fonte: CEPLAC/MAPA – Superintendência de Desenvolvimento da Lavoura Cacaueira no Estado da Bahia