Por: Claudemir Zafalon
O presidente Alassane Ouattara garantiu oficialmente seu quarto mandato à frente da Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau. A vitória eleitoral reafirma a continuidade política do país, cenário que costuma ser monitorado de perto por agentes internacionais do mercado, já que instabilidades na região podem afetar o fluxo de grãos aos portos e, consequentemente, a oferta global.
Apesar do resultado considerado positivo para a previsibilidade do setor, os preços do cacau permanecem pressionados na bolsa de Nova York.
A proximidade do período de liquidação física do contrato de dezembro, em 21 de novembro, tem influenciado o comportamento dos investidores. Ao mesmo tempo, o mercado projeta melhores condições de oferta nesta temporada, com possibilidade de excedente global, o que diminui o apetite comprador no curto prazo.
Na sessão mais recente, o contrato dezembro variou entre US$ 6.057 e US$ 6.276 por tonelada, encerrando o dia a US$ 6.182/t, queda de US$ 137.
As negociações foram fracas, com 8.396 contratos transacionados e volume total de 21.937 contratos. O interesse em aberto também recuou levemente para 121.597 posições, sinalizando redução na tomada de risco.
Nos portos norte-americanos, os estoques certificados pela ICE permaneceram praticamente inalterados em 1.842.022 sacas, reforçando a perspectiva de disponibilidade confortável no curto prazo.
No Brasil, o contrato futuro de Real x Dólar, com vencimento em 31 de outubro, opera estável nesta manhã, cotado a R$ 5,385. A taxa de câmbio segue sendo um ponto de atenção para a indústria e produtores domésticos, especialmente em um cenário internacional de preços mais contidos.
Fonte: mercadodocacau


